segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Parte II — Actiòni I: Pánem, vinum, mòrtem!

Estou pensando numa maneira de explicar e transmitir para você, esta religiosidade e rito disseminados pelos Filhos de Triculu. Não era um rito afro, eleusino, hebraico e muito menos católico cristão — pois é somente isso que vocês ainda conhecem, na melhor das hipóteses, das origens de sua presente fé.

A liturgia dos triculus se resumia a uma única celebração que envolvia dois elementos sagrados: o pão e o vinho. Entretanto, nada tinha a ver com o — agora extinto — rito sacrificial da eucaristia. Não!, pois a sagração única tricula infundia em seus iniciados, o batismo telúrico do Espírito Santo; logo, essas vidas acordavam dos seus túmulos existenciais, levantando-se como fiéis e purificados servidores do Deus trino.

Ao receber este sacramento, no qual realmente se experienciava, interiormente, o corpo e o sangue do Cristo, o devoto ressuscitava a “visão espiritual”, motivo este que levava-os a usarem os óculos trino, de lentes azuis índigo, onde uma delas se posicionava, harmonicamente, um pouco acima dos olhos, entre as sobrancelhas.

Este era, portanto, o único e mais importante símbolo de identificação externa deste destacado segmento da humanidade que já povoava e influenciava — construtivamente — todas as sociedades, de todas as nações do globo terrestre que lentamente era corroído, programadamente destruído pela ideologia materialista e ateia da escuridão absoluta.

Esta influência espiritual emergente começou a atrapalhar — e deter! — os planos imorais e satânicos dos membros e adoradores do Sol Negro: uma seita maldita, opositora dos Filhos de Triculu, cujo culto fundamentava-se numa determinada fase lunar, em eclipses solares e num ponto abstrato, altamente oculto, envolvendo planetas, constelações muito específicas e ciclos ocultos de expressão e emergência do mal entre os homens.

A diferença básica entre estes grupos é bem distinta.

Enquanto os triculus se preocupavam em conquistar os corações e almas humanas, para torná-los livres e senhores dos seus destinos; os seguidores deste antiquíssimo mal, executavam um plano sórdido para escravizar o gênero humano, através de uma falácia filosófica que unia muito bem três elementos inteligentemente explorados na sociedade mundial: mentira, ignorância e miséria; onde o ódio, a guerra e a morte, celebrariam a vitória do Sol Negro e de seus afiliados.

...E foi no meio deste conflito que nasci.

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